sábado, 30 de dezembro de 2017

O que podemos fazer para prevenir a Doença de Alzheimer?

Nosso blog se dedica, habitualmente, aos temas da prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.

Entretanto, a doença de Alzheimer, e sua prevalência na população idosa, merece a atenção de todos nós, dentro ou fora do trabalho.

Em 2015, o filme Para sempre Alice fez muito sucesso, e teve como referência o livro de mesmo nome, cuja autora é uma neurocientista chamada Lisa Genova.


Cartaz do filme Para sempre Alice

E é essa neurocientista e escritora que está aqui falando de forma objetiva sobre esse tema tão polêmico e assustador: O que podemos fazer para prevenir o Alzheimer?


Lisa Genova, autora do livro

De forma clara e positiva, ela nos mostra que ainda há tempo de adotarmos medidas preventivas, mesmo que pareça prevalecer a ideia que a doença chega sem avisar. A palestra, extraída do TED Talks tem pouco mais de 13 minutos e tenho certeza que você vai gostar.








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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Se exponha, mas não se queime. Dezembro Laranja.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), todos os anos surgem 176 mil casos de câncer da pele, o de maior incidência no país. O mês de dezembro é o escolhido para reforçar as ações de comunicação para a prevenção dessa doença, daí o nome Dezembro Laranja.


O câncer de pele é o mais frequente no Brasil e corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Apresenta altos percentuais de cura, se for detectado precocemente. Entre os tumores de pele, o tipo não-melanoma é o de maior incidência e mais baixa mortalidade.

O câncer de pele é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, sendo relativamente raro em crianças e negros, com exceção daqueles já portadores de doenças cutâneas anteriores.

Os principais sintomas são: Feridas na pele cuja cicatrização demore mais de quatro semanas, variação na cor de sinais pré-existentes, manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram. Nesses casos, deve-se procurar o mais rápido possível um médico dermatologista.

O texto dessa publicação é uma reprodução parcial do site oficial da campanha #DezembroLaranja. Para saber mais, siga o link: www.dezembrolaranja.com.br

Sob o slogan “Se exponha mas não se queime”, a campanha da Sociedade Brasileira de Dermatologia pretende conscientizar e educar as pessoas sobre os riscos do câncer da pele decorrentes da exposição excessiva ao sol sem proteção, lembrando que filtro solar não é o único cuidado contra a radiação ultravioleta. A mensagem visa atingir, sobretudo, quem trabalha sob o sol ou ao ar livre, bem como as pessoas em seu cotidiano profissional e em momentos de lazer.



“Queremos divulgar para a grande população, especialmente para os trabalhadores que desempenham suas funções expostos ao sol, como carteiros, vendedores ambulantes, operários da construção civil, feirantes e outros, esse conjunto de atitudes, essenciais para que essa exposição prolongada não traga problemas de saúde”, afirma o presidente da SBD, José Antonio Sanches.

A recomendação é de que usem equipamentos de proteção individual (EPI): chapéus de abas largas, óculos escuros, roupas de cubram boa parte do corpo e protetores solares com fator mínimo de proteção solar (FPS) 30. A hidratação constante também faz parte dessas medidas fotoprotetoras, sem esquecer de evitar os horários de maior insolação: das 10h às 16h.

Entre as iniciativas previstas, estão a divulgação de peças publicitárias na internet (Facebook, Instagram e site), com concentração durante o mês de dezembro, que alertam sobre a incidência do câncer da pele e dão dicas de proteção. As mensagens serão dadas pelos personagens Dr. e Dra. Pele, e todas as peças virão marcadas com a hashtag #DezembroLaranja e #ControleoSol. O público interessado também poderá divulgar a campanha nas redes sociais, customizando a foto de perfil, postar o texto com fundo laranja no Facebook ou usar o filtro laranja do Stories no Instagram.

Conheça um dos vídeos da campanha.



Referências:


domingo, 19 de novembro de 2017

Alerta dos Cientistas à Humanidade - segundo aviso

Mais de 15.000 cientistas de 184 países assinaram a carta, denominada "Alerta dos cientistas do mundo para a humanidade: um segundo aviso", que foi publicada na revista científica BioScience, na semana passada, dia 13 de novembro de 2017. Essa foi uma iniciativa da AWS - Alliance of World Scientists.

No vigésimo quinto aniversário de um primeiro Alerta à Humanidade, feito por cerca de 1.700 cientistas, foi analisada a resposta da humanidade, explorando dados da série temporal disponíveis.

As conclusões dessa análise foram desanimadoras. Desde 1992, com exceção da estabilização da camada de ozônio, a humanidade não conseguiu fazer progressos suficientes para a solução dos problemas ambientais previstos e, de forma alarmante, a maioria deles piorou. Especialmente preocupante é a trajetória atual das mudanças climáticas potencialmente catastróficas devido ao aumento de gases de efeito estufa da queima de combustíveis fósseis, desmatamento e produção agrícola.

Além disso, desencadeou-se um evento de extinção em massa, o sexto em cerca de 540 milhões de anos, em que muitas formas de vida atuais poderão ser destruídas ou, pelo menos, comprometidas com a extinção até o final deste século. A íntegra da carta, incluindo o acesso ao detalhamento dos dados analisados, aos gráficos e aos nomes de seus signatários, está disponível na Revista BioScience. 

Confira a íntegra neste link:

Entre os anexos, há traduções para vários idiomas, incluindo português. Aliás, entre os mais de 15.000 cientistas signatários deste alerta estão cerca de 1.700 brasileiros.

Reproduzo abaixo, a versão oficial em português, com tradução de Luiz Marques, conforme consta no anexo S1 da publicação original.


Advertência dos Cientistas do Mundo à Humanidade: um Segundo Aviso


William J. Ripple, Christopher Wolf, Mauro Galetti, Thomas M. Newsome, Mohammed Alamgir, Eileen Crist, Mahmoud I. Mahmoud, William F. Laurance E mais de 15 mil signatários de 184 países.


Há vinte e cinco anos, a Union of Concerned Scientists e mais de 1500 cientistas independentes, incluindo a maioria dos então laureados com o Prêmio Nobel nas ciências, assinaram a Advertência dos Cientistas do Mundo à Humanidade de 1992 (veja-se Arquivo Suplementar S1). Esses profissionais alarmados apelavam à humanidade para que reduzisse a destruição ambiental e alertavam ser "necessária uma grande mudança em nossa gestão da Terra e da vida para se evitar uma vasta miséria humana". Em seu manifesto, mostravam que os humanos estavam em rota de colisão com o mundo natural. Expressavam preocupação com os danos presentes, iminentes ou potenciais infligidos ao planeta Terra, envolvendo depleção da camada de ozônio, disponibilidade de água doce, colapsos da pesca marinha, zonas mortas no oceano, perdas de floresta, destruição da biodiversidade, mudanças climáticas e crescimento contínuo da população humana. Proclamavam a urgente necessidade de mudanças fundamentais, de modo a evitar as consequências que nossa trajetória traria. Os autores da declaração de 1992 temiam o fato da humanidade estar impelindo os ecossistemas da Terra além de sua capacidade de suportar a teia da vida. Descreviam como estávamos rapidamente nos aproximando de muitos dos limites do que o planeta pode tolerar sem danos substanciais e irreversíveis. Os cientistas exortavam-nos a estabilizar a população humana, descrevendo como nossos grandes números – inchados em mais 2 bilhões de pessoas desde 1992, um aumento de 35% – exercem sobre a Terra estresses que podem anular outros esforços para realizar um futuro sustentável (Crist et al., 2017). Imploravam que reduzíssemos as emissões de gases de efeito estufa (GEE), eliminássemos os combustíveis fósseis, reduzíssemos o desmatamento e revertêssemos a tendência ao colapso da biodiversidade.

No 25º aniversário dessa Advertência, voltamos os olhos para trás e avaliamos a resposta humana, explorando os dados disponíveis em séries históricas. Desde 1992, com exceção da estabilização da camada de ozônio estratosférico, a humanidade fracassou em fazer progressos suficientes na resolução geral desses desafios ambientais anunciados, sendo que a maioria deles está piorando de forma alarmante (Figura 1, Arquivo Suplementar S1). Especialmente perturbadora é a trajetória atual das mudanças climáticas potencialmente catastróficas, devidas ao aumento dos gases de efeito estufa (GEE) emitidos pela queima de combustíveis fósseis (Hansen et al. 2013), desmatamento (Keenan et al., 2015) e produção agropecuária – particularmente do gado ruminante para consumo de carne (Ripple et al. 2014). Além disso, desencadeamos um evento de extinção em massa, o sexto em cerca de 540 milhões de anos, no âmbito do qual muitas formas de vida atuais podem ser aniquiladas ou, ao menos, condenadas à extinção até o final deste século. A humanidade está agora recebendo um segundo aviso, conforme ilustrado por essas tendências alarmantes (figura 1).



Figura 1

Estamos ameaçando nosso futuro ao não refrear nosso intenso consumo material, embora geográfica e demograficamente desigual, e ao não perceber o rápido e contínuo crescimento da população como motor primário de muitas ameaças ecológicas e mesmo sociais (Crist et al., 2017). Ao fracassar em limitar adequadamente o crescimento populacional, em reavaliar o papel de uma economia enraizada no crescimento, em reduzir os gases de efeito estufa, em incentivar as energias renováveis, em proteger os habitats, em restaurar os ecossistemas, em eliminar a defaunação, e em restringir as espécies exóticas invasoras, a humanidade não está tomando as medidas urgentemente necessárias à salvaguarda da nossa biosfera em perigo. Dado que a maioria dos líderes políticos é sensível à pressão, os cientistas, os formadores de opinião nas mídias e os cidadãos em geral devem insistir para que seus governos tomem medidas imediatas, como um imperativo moral em relação às gerações atuais e futuras da vida humana e de outras espécies. Com uma vaga de esforços organizados e popularmente embasados, é possível vencer oposições obstinadas e obrigar os líderes políticos a fazer o que é certo. Também é hora de reexaminar e mudar nossos comportamentos individuais, incluindo a limitação de nossa própria reprodução (idealmente, o nível de reposição no máximo) e diminuir drasticamente nosso consumo per capita de combustíveis fósseis, de carne e de outros recursos.


O rápido declínio global das substâncias que destroem o ozônio mostra que podemos fazer mudanças positivas quando agimos resolutamente. Também fizemos avanços na redução da pobreza extrema e da fome (www.worldbank.org). Outros progressos notáveis (que ainda não se apresentam nos conjuntos de dados globais na figura 1) incluem: o rápido declínio nas taxas de fecundidade em muitas regiões, atribuível aos investimentos na educação de meninas e mulheres (www.un.org/esa/population), o declínio promissor da taxa de desmatamento em algumas regiões e o rápido crescimento do setor de energia renovável. Aprendemos muito desde 1992, mas o avanço das mudanças urgentemente requeridas nas políticas ambientais, no comportamento humano e nas desigualdades globais ainda está longe de ser suficiente. Transições em direção à sustentabilidade ocorrem de diversas maneiras e todas requerem pressão da sociedade civil e argumentação baseada em evidências, liderança política e uma sólida compreensão de instrumentos políticos, dos mercados e de outros fatores.


Eis alguns exemplos de passos diversos e efetivos que a humanidade pode dar para uma transição em direção à sustentabilidade (não por ordem de importância ou urgência):  priorizar a criação de reservas conectadas, bem financiadas e bem gerenciadas de modo a preservar uma proporção significativa dos habitats terrestres, marinhos, de água doce e aéreos do mundo; cessar a destruição das florestas, prados e outros habitats nativos, de modo a manter os serviços ecossistêmicos da natureza;  restaurar comunidades nativas de plantas em larga escala, particularmente paisagens florestais;  renaturalizar regiões com espécies nativas, especialmente predadores do ápice da pirâmide alimentar, para restaurar processos e dinâmicas ecológicas;  desenvolver e adotar instrumentos políticos adequados para reparar a defaunação, a crise de caça ilegal e a exploração e o tráfico de espécies ameaçadas;  reduzir o desperdício de alimentos através da educação e de uma melhor infra-estrutura;  promover transições na dieta na direção, sobretudo, de uma alimentação à base de plantas;  reduzir ainda mais as taxas de fecundidade, garantindo que as mulheres e os homens tenham acesso à educação e a serviços de planejamento familiar voluntário, especialmente onde tais serviços ainda não estão disponíveis; aumentar a educação natural e ao ar livre para crianças, bem como o engajamento geral da sociedade na apreciação da natureza; reorientar investimentos e compras no sentido de incentivar mudanças ambientais positivas; detectar e promover novas tecnologias ecológicas, com adoção massiva de fontes de energia renováveis, eliminando os subsídios à produção de energia através de combustíveis fósseis; revisar nossa economia para reduzir a desigualdade econômica e garantir que os preços, a tributação e os sistemas de incentivo levem em conta os custos reais impostos ao nosso meio ambiente por nossos padrões de consumo e estimar um tamanho de população humana cientificamente defensável e sustentável a longo prazo, reunindo nações e líderes para apoiar esse objetivo vital. Para evitar miséria generalizada e perda catastrófica de biodiversidade, a humanidade deve adotar práticas mais ambientalmente sustentáveis e alternativas em relação às práticas atuais. Esses preceitos foram bem formulados pela liderança científica mundial há 25 anos, mas, na maioria dos aspectos, não acatamos sua advertência. Logo será tarde demais para mudar o curso de nossa trajetória de fracasso e o tempo está se esgotando. Devemos reconhecer, em nossa vida cotidiana e em nossas instituições de governo, que a Terra, com toda a sua vida, é nosso único lar.

Versões em espanhol e em francês desse artigo podem ser encontradas no Arquivo Suplementar S1.

Agradecimentos
Peter Frumhoff e Doug Boucher, da Union of Concerned Scientists, assim como as seguintes pessoas, forneceram discussões produtivas, comentários ou dados para este artigo: Stuart Pimm, David Johns, David Pengelley, Guillaume Chapron, Steve Montzka, Robert Diaz, Drik Zeller, Gary Gibson, Leslie Green, Nick Houtman, Peter Stoel, Karen Josephson, Robin Comforto, Terralyn Vandetta, Luke Painter, Rodolfo Dirzo, Guy Peer, Peter Haswell e Robert Johnson.

Referências citadas
Crist E, Mora C, Engelman R. 2017. The interaction of human population, food production, and biodiversity protection. Science 356: 260–264.
Hansen J, et al. 2013. Assessing “dangerous climate change”: Required reduction of carbon emissions to protect young people, future generations and nature. PLOS ONE 8: e81648.
Keenan, RJ, Reams GA, Achard F, de Freitas JV, Grainger A, Lindquist E. 2015. Dynamics of global forest area: results from the FAO Global Forest Resources Assessment 2015. Forest Ecology and Management, 352: 9–20.
Ripple WJ, Smith P, Haberl H, Montzka SA, McAlpine C, Boucher DH. 2014. Ruminants, climate change and climate policy. Nature Climate Change 4: 2–5. doi:10.1038/nclimate2081

William J. Ripple (bill.ripple@oregonstate.edu), Christopher Wolf e Thomas M. Newsome são vinculados ao Global Trophic Cascades Program, no Department of Forest Ecosystems and Society, da Oregon State University, em Corvallis. TMN também é vinculado ao Centre for Integrative Ecology, na School of Life and Environmental Sciences, da Deakin University, em Geelong, Austrália. Mauro Galetti é vinculado ao Instituto de Biociências, da Universidade Estadual Paulista, Departamento de Ecologia, em São Paulo, Brasil. Mohammed Alamgiris é vinculado ao Institute of Forestry and Environmental Sciences, da University of Chittagong, em Bangladesh. Eileen Crist é vinculado ao Department of Science and Technology in Society, da Virginia Tech, em Blacksburg. Mahmoud I. Mahmoud é vinculado ao ICT/Geographic Information Systems Unit of the National Oil Spill Detection and Response Agency (NOSDRA), em Abuja, Nigéria. William F. Laurance é vinculado ao Centre for Tropical Environmental and Sustainability Science and the College of Science and Engineering, da James Cook University, em Cairns, Queensland, Austrália

Para citação:
William J. Ripple, Christopher Wolf, Thomas M. Newsome, Mauro Galetti, Mohammed Alamgir, Eileen Crist, Mahmoud I. Mahmoud, William F. Laurance, ; World Scientists’ Warning to Humanity: A Second Notice, BioScience, bix125, https://doi.org/10.1093/biosci/bix125

Declaração da AWS:
AWS é uma nova aliança internacional de cientistas, independente de organizações governamentais e não governamentais e corporações. Nós afirmamos que, para evitar a miséria generalizada causada por danos catastróficos à biosfera, a humanidade deve praticar uma alternativa mais sustentável do ponto de vista ambiental ao negócio como de costume. Nossa importância vital e seu papel vem da responsabilidade exclusiva dos cientistas como administradores do conhecimento humano e dos defensores da tomada de decisões baseadas em evidências. O objetivo principal do AWS é ser uma voz internacional coletiva de muitos cientistas em relação às tendências climáticas e ambientais globais e como transformar o conhecimento acumulado em ação. Outras organizações fazem um trabalho louvável em direção a esse objetivo, mas, ao nosso conhecimento, a AWS é a única organização independente de base composta por cientistas de todo o mundo comprometidos com o bem-estar da humanidade e do planeta. Confira em http://scientistswarning.forestry.oregonstate.edu/

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Controlando Energias Perigosas

Uma das áreas críticas para a gestão de segurança industrial, é o controle de energias perigosas. Seja em forma de energia elétrica ou mecânica, fluidos pressurizados ou em alta temperatura, enfim, um amplo espectro de variáveis estão envolvidas.

Ciente da importância desse assunto, estou reproduzindo, após autorização, o artigo do engenheiro João Márcio Tosmann. Ele é engenheiro eletricista e diretor da Tagout. Seus dados completos estão no final do artigo.

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5 dicas para reduzir os riscos de acidentes durante a manutenção de máquinas industriais

Autor: Eng° Eletricista - João Márcio Tosmann*

A manutenção de máquinas e equipamentos industriais faz parte da rotina de qualquer indústria, e deve ser levada a sério para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores. Para isso, a NR-12 do Ministério do Trabalho e Emprego, estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes nestas situações.

Sejam preventivos ou corretivos a manutenção, inspeção, reparo, limpeza, ajuste e outras intervenções que se fizerem necessárias em equipamentos, todos eles devem ser executados por profissionais capacitados e com a adoção correta de procedimentos de segurança.

Entre as medidas de proteção previstas pela NR-12 estão: medidas de proteção coletiva ou EPCs (cones e faixas de segurança, placas de sinalização, sensores de presença, sirenes e alertas luminosos), administrativas ou de organização do trabalho, e de proteção individual ou EPIs (como luvas, protetores auriculares, capacetes, botas, entre outros).

É importante destacar que a atividade de manutenção e teste de máquinas e equipamentos expõe os técnicos responsáveis a riscos que não estão presentes, na maioria das vezes, na rotina de funcionamento da máquina. Assim, para evitar perigos como choque elétrico, incêndio, explosão e riscos mecânicos (como agarramento, corte, esmagamento, por exemplo), é preciso haver um cuidado redobrado!

Quais os procedimentos necessários para reduzir os riscos de acidentes durante a tarefa de manutenção?


1. Desligamento e descarga da energia residual

A manutenção, inspeção, reparo, limpeza, ajuste e outras intervenções devem ser executadas por profissionais capacitados, qualificados e legalmente habilitados mediante desligamento e descarga de energias residuais de todas as fontes possíveis, como tubulações de ar comprimido, vapor, água e outros, bem como máquinas e equipamentos.


2. Bloqueio mecânico e elétrico dos dispositivos de energia

É fundamental manter o bloqueio mecânico e elétrico na posição “desligado” ou “fechado” de todos os dispositivos de corte de fontes de energia, a fim de impedir a reenergização durante o processo de manutenção. O procedimento de bloqueio tem como objetivo prevenir acidentes de trabalho durante os serviços de manutenção onde existem fontes de energias perigosas.



Para isso, o operador de manutenção precisa ter o controle da energização do equipamento, a fim de impedir o acionamento acidental da máquina por terceiros. Todos os disjuntores e seccionadoras que alimentam o equipamento devem ser bloqueados com cadeados e dispositivos de bloqueios específicos. Somente eletricistas capacitados, habilitados e autorizados devem ter acesso a eles.

Cadeados de bloqueio

Os cadeados de bloqueio com corpo plástico são especiais para manutenções industriais, garantindo ao técnico maior segurança. Além do corpo plástico não condutor, os cadeados de bloqueio possuem cilindro com 6 pinos de segurança, garantindo ao técnico que somente a sua chave é capaz de abrir seu cadeado.


3. Bloqueio mecânico do interruptor principal de acionamento da máquina

Outra opção para o bloqueio mecânico e elétrico é travar o interruptor principal de acionamento da máquina com a garra de bloqueio. As garras multiplicadoras de bloqueio asseguram que a máquina ou equipamento em manutenção permaneça bloqueado até que todos os envolvidos na manutenção ou inspeção tenham sido concluídos.

Guarra multiplicadora de bloqueio

Para isso, cada funcionário envolvido na operação coloca seu cadeado de bloqueio e sua etiqueta de identificação em um dos 6 orifícios da garra, e o equipamento só é liberado após todos os envolvidos concluírem o serviço e retirarem seus cadeados e etiquetas, aumentando a segurança e eficácia do processo de bloqueio.


4. Sinalização de bloqueios mecânicos e elétricos

Os bloqueios dos equipamentos em manutenção devem estar sinalizados com cartão ou etiqueta de bloqueio contendo o horário e a data do bloqueio, o motivo da manutenção e o nome do responsável ou então etiqueta com foto, nome, departamento e ramal do responsável pelo bloqueio.


5. Isolamento e sinalização do local de manutenção

Compreende a utilização de cores, símbolos, inscrições, sinais luminosos ou sonoros, entre outras formas de comunicação de mesma eficácia. Esta sinalização deve ser adotada durante todo o período de manutenção das máquinas e equipamentos. Devem ser adotados, sempre que necessário, sinais ativos de aviso ou de alerta, que indiquem a iminência de um acontecimento perigoso decorrente do procedimento de manutenção.

Esta sinalização de segurança serve para advertir os trabalhadores e terceiros sobre os riscos a que estão expostos, além das instruções de manutenção e outras informações necessárias para garantir a integridade física e a saúde dos trabalhadores.


Um conjunto de medidas preventivas é o melhor caminho para proteger a equipe de acidentes a que todos estão sujeitos diariamente. Por isso, além das medidas listadas acima, e do uso correto dos EPCs e EPIs, é sempre importante que a equipe de manutenção esteja em dia com os treinamentos e capacitações para a realização das suas atividades.


*Sobre o autor: João Márcio Tosmann é formado em Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletrônica, pela PUC-RS, com pós-graduação em Administração Industrial pela USP e MBA em Marketing pela ESPM. Possui experiência em projetos de manutenção industrial e logística em autopeças. Atuou como membro da diretoria do Complexo Industrial Automotivo General Motors (CIAG) e líder de projetos de novos veículos como Celta (General Motors) e EcoSport (Ford). Atualmente é diretor da Tagout, indústria de produtos de Bloqueio e Etiquetagem que oferece consultoria, treinamento e elaboração de procedimentos para implantação do Programa de Controle de Energias Perigosas (PCEP). No portal da empresa Tagout você pode conhecer os serviços e equipamentos relacionados a este artigo: 
https://www.tagout.com.br/

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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Educação Tecnológica e Sociedade

Um dos grande temas quando se estuda a construção de ambientes de trabalho mais seguros é a educação tecnológica e seus impactos na sociedade. Aliás, esse enfoque é requerido quando se trata da preservação ambiental, da saúde pública e do nosso futuro no planeta.

A Ciência não é neutra, nem a Tecnologia. Essa constatação é um dos pressupostos para um olhar crítico sobre a Educação Tecnológica. Pensando nisso, resolvi destacar o excelente papel que o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação Tecnológica (NEPET) vem cumprindo ao desenvolver estudos, pesquisas e reflexões que possam colaborar com um melhor entendimento das intrincadas relações entre ciência, tecnologia e sociedade e o ensino de engenharia. E isso tem tudo a ver com os aspectos abordados em nosso blog sobre segurança, meio ambiente e saúde, dentro e fora do trabalho.

Com sede na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o NEPET  promove discussões sobre a educação tecnológica, seja através das publicações de artigos de seus membros, dissertações e teses, livros, bem como por meio do seu portal na internet. Nesse ambiente virtual, há resenhas de livros, artigos, divulgação de eventos, um canal de vídeo, enfim, um amplo espectro de opções para tratar das áreas de interesse do núcleo.

Essas áreas de interesse são:
Educação tecnológica: Aspectos de ordem técnica, cognitiva, instrucional ou metodológica, relacionados com a educação tecnológica, em seus diversos níveis de abrangência, com ênfase especial para o ensino universitário. 

Ciência, Tecnologia e Sociedade - CTS: Implicações sociais da ciência e da tecnologia na educação, com ênfase nos aspectos que incidem mais diretamente na disseminação e no aproveitamento desses saberes de forma mais igualitária entre os indivíduos. 

História da ciência e da tecnologia: Não só recuperação da historiografia dos acontecimentos científicos e tecnológicos mas, acima de tudo, afirmação da história das idéias como fator importante para um aprendizado mais transformador, visando a uma participação social mais consciente. 

Metodologia científico-tecnológica: Discussão crítica dos métodos de trabalho dos tecnológos, seus procedimentos de trabalho e suas possíveis implicações na aprendizagem. 

Epistemologia da tecnologia: Reflexões a respeito da constituição do conhecimento e das implicações destas perspectivas epistemológicas na aprendizagem e na atuação profissional perante a sociedade.

Reconhecer a necessidade de formação de engenheiros conscientes do seu papel de formadores de opinião, de construtores de ambientes de trabalho seguros, de indutores de um desenvolvimento inclusivo, são alguns dos desafios da educação tecnológica.

Selecionei um trecho de dez minutos de uma entrevista do professor Walter Bazzo, Coordenador do NEPET, para mostrar um pouco mais sobre essa discussão sobre ciência, tecnologia e sociedade.


domingo, 22 de outubro de 2017

O Papa Francisco e os Trabalhadores

Neste mês de outubro, a mensagem em vídeo do Papa Francisco foi sobre o trabalho e os trabalhadores. Ele diz: "Devemos recordar sempre a dignidade e os direitos dos trabalhadores, denunciar as situações nas quais se violam esses direitos, e ajudar a que contribua para um autêntico progresso do homem e da sociedade. Peçamos, irmãos, pelo mundo do trabalho, para que a todos se possa assegurar o respeito e a proteção de seus direitos e que aos desempregados se dê a oportunidade de contribuírem com o trabalho para a construção do bem comum."

Aqui, neste Endereço da Prevenção, nada mais a acrescentar nesta fala, apenas, obrigado Papa Francisco!


quarta-feira, 27 de setembro de 2017

ESW Brasil 2017 - Electrical Safety Workshop

ESW Brasil 2017 - 4 e 5 de outubro - Salto (SP)
A segurança com instalações elétricas é um assunto que requer enorme atenção, no Brasil e no mundo.

A quantidade de acidentes com pessoas e instalações é assustadora e as medidas de prevenção e controle precisam ser amplamente disseminadas.

É um trabalho contínuo que exige perseverança e determinação. Da mesma forma, por ser um tema que permite diversas abordagens e que contém uma complexidade técnica, precisa ser trabalhado de múltiplas formas.

A Abracopel, por exemplo, é uma associação brasileira que se dedica permanentemente ao assunto. Em âmbito internacional, diversas instituições também se dedicam à segurança com instalações elétricas. E entre elas, o IEEE - Instituto dos Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos.

Da união dessas forças positivas e do bem, vai se realizar mais uma vez no Brasil, o seminário que é integralmente voltado ao tema da segurança em instalações elétricas: o ESW Brasil 2017 - Electrical Safety Workshop.

Realizado pelo IEEE nos EUA desde o início da década de 90, este evento passou a contar com uma edição brasileira em 2003 e desde então a cada dois anos. Ele já foi realizado nas cidades de Guararema (2003), São Paulo (2005), Rio de Janeiro (2007), Blumenau (2009), São Paulo (2011), Recife (2013) e Rio de Janeiro (2015). Neste ano, ocorrerá na cidade de Salto, no Estado de São Paulo, nos dias 4 e 5 de outubro.

O Engenheiro Edson Martinho, diretor da Abracopel, na coordenação geral do evento, acompanhado dos Engenheiros Estellito Rangel, Luiz Tomiyoshi e Fabio Leite, do IEEE, na Comissão Organizadora, trabalharam com dedicação na construção de mais um evento de excelente qualidade.

O seminário é composto de trabalhos técnicos apresentados por profissionais experientes e por especialistas convidados, proporcionando um excelente ambiente com plena participação do público. São apresentações de 30 minutos, seguidas de um tempo para perguntas e respostas. Todos os trabalhos ficam disponíveis posteriormente para os participantes e alguns deles podem ser selecionados para serem publicados em revistas internacionais do IEEE.

É um evento que você deve colocar em sua agenda se este é um assunto com o qual você trabalha ou estuda.
Para se inscrever, entre agora no portal do evento, clicando aqui.

Mais informações:
(11) 94114-9559

domingo, 17 de setembro de 2017

Ergonomia da Atividade


A cada dia cresce a importância da internet na disseminação de informações e na construção do conhecimento. E na área de segurança e saúde no trabalho não poderia ser diferente. Por isso resolvi destacar um trabalho novo, iniciado este ano, que é o blog Ergonomia da Atividade.

O blog é feito por pesquisadores que desenvolvem trabalhos relacionados à ergonomia da atividade. São publicados artigos, capítulos de livros, vídeos de reflexão. Tanto materiais clássicos e já bastante referenciados, assim como aqueles recém-publicados.

De acordo com os pesquisadores responsáveis pelo blog, o objetivo é, por meio de material compartilhado, difundir conceitos e práticas da ergonomia da atividade, buscando diminuir ou eliminar a visão reducionista da ergonomia como sendo o estudo de posturas ou mobiliário no ambiente de trabalho. Ao contrário disso, a intenção deste blog é provocar a discussão em torno das questões organizacionais, psicossociais e subjetivas que esta disciplina envolve.

Tela do blog Ergonomia da Atividade


Dentro do conceito de integração das mídias digitais, o blog está conectado a um canal do YouTube e a uma página no facebook. É uma forma de ampliar a divulgação por meio de diferentes formas de acesso, mas de maneira interligada.

Se você já estuda esse assunto ou se é uma novidade completa, você encontrará referências importantes e artigos que servirão para lhe iniciar no assunto ou ampliar a discussão.

Para acessar o blog:

A página do facebook:

O canal do YouTube:

Assista ao vídeo e conheça um pouco mais desse trabalho:




terça-feira, 20 de junho de 2017

Acidentes de trabalho e suas causas - parte 1

Quando ocorre um acidente de trabalho, vêm à tona inúmeras discussões sobre as causas, mas também sobre responsabilidades e culpas.

É um conceito já consagrado, entre os que estudam o assunto, que devem prevalecer as análises cujo objetivo seja o de encontrar as causas e as medidas de prevenção para que elas não se repitam. Mas ainda há quem acredite que vai reduzir acidentes por meio de identificação e responsabilização de culpados.

Pensando nisso, decidi relembrar alguns autores que já identificavam a complexidade de um acidente e de sua análise, bem como a dificuldade de se encontrar as suas verdadeiras causas.

Para a análise dos acidentes e identificação de suas causas, o engenheiro Frank Bird Jr., em um capítulo de um livro publicado pelo NIOSH, em 1973, considerava o acidente como uma forma de contato com uma fonte de energia (elétrica, química, cinética, térmica etc.) acima do limite de resistência do corpo ou de uma estrutura; ou o contato com uma substância que interfere com o funcionamento normal do corpo humano. Para ele, todos os tipos de perdas (lesões pessoais, danos materiais, perdas de produção) têm três estágios: o pré-contato, o contato e o pós-contato (com uma fonte de energia ou substância). Essa abordagem permitiu a ele concluir que a prevenção de acidentes depende de um controle de energia, atuando nos três estágios do evento acidental, com uma concentração de esforços no estágio “pré-contato”. É nesse estágio que Frank Bird Jr. destacava a aplicação de medidas de controle através de projetos de engenharia:

A maioria das condições perigosas pode ser prevista ou antecipada nas etapas de projeto, compras, manutenção ou desenvolvimento de procedimentos da operação das instalações. Condições inseguras, tais como proteções e dispositivos inadequados, sistemas de sinalização e alarme inadequados, riscos de incêndio e explosão, espaço físico congestionado, iluminação inadequada ou ruído são bons exemplos das causas mais comuns de acidentes que podem ser prevenidas por medidas de engenharia no estágio de pré-contato do controle de acidentes. (BIRD JR., 1973, p. 686)

Essas medidas de engenharia, nesse estágio de pré-contato, podem ser consideradas como requisitos de projetos, instalações e equipamentos que incorporem conceitos de prevenção de acidentes. O professor Trevor Kletz, muitos anos depois, em 2001, também destacava que os esforços maiores para a prevenção deveriam estar nos projetos de engenharia:

[...] vamos de agora em diante aceitar que as pessoas são os componentes dos sistemas que nós projetamos que não podemos reprojetar ou modificar. Mas nós podemos projetar melhores bombas, compressores, colunas de destilação [...] (KLETZ, 2001, p. 3)

Em um livro publicado com dois outros autores, Frank Bird Jr. destaca que o caráter de imprevisibilidade associado à palavra “acidente” passa uma falsa ideia de uma situação incontrolável, dificultando tanto as análises de acidentes como a adoção das medidas de controle. Mesmo assim, 30 anos depois de seu artigo anteriormente mencionado, ele permanecia enfatizando que a prevenção dos acidentes devia estar centrada no controle da energia presente nos processos e não na recomendação de mais cuidado e atenção.

[...] aqueles que acreditam que a maioria dos acidentes são causados por descuido estão propensos a apoiar programas de punição ou de incentivo para que as pessoas sejam mais cuidadosas. Um resultado provável nesse caso é que os problemas relacionados aos acidentes sejam encobertos ao invés de resolvidos. (BIRD; GERMAIN; CLARK, 2003, p. 5)


Nessa mesma linha, reforçando o que já havia abordado em outro trecho, o engenheiro e professor Trevor Kletz se empenha em demonstrar a importância de uma ação de engenharia para a prevenção de acidentes:

Nós, como engenheiros, devemos esperar que as pessoas mudem sua forma de ser (física ou mental) para que se ajustem às instalações e procedimentos ou devemos projetar instalações e procedimentos que se ajustem às pessoas? (KLETZ, 2001, p. 9)


No Brasil, o professor Mário Vidal, da UFRJ, ao tratar da evolução conceitual da noção de acidente do trabalho, menciona que o significado etimológico do termo acidente, associado à ideia de acaso, não pode ser considerado sob o ponto de vista de uma abordagem científica.


Entre as várias concepções analisadas, ele considera que “um acidente é o resultado de todo um processo de trabalho que, nessa ocasião, mostra suas insuficiências a nível de projeto, de organização e de modus operandi” (VIDAL, 1989). Para ele, reconhecer essa noção de fenômeno complexo requer substituir a noção de responsabilidade ou culpa, entendendo o modelo teórico do acidente como “o resultado do efeito conjugado de uma série de fatores causais”. Por isso ele considera que qualquer ação pela prevenção de acidentes requer a disposição de conhecer e intervir no processo de trabalho.

Nessa mesma linha, o engenheiro francês Michel Llory, em seu livro dedicado aos acidentes industriais, enfatiza esse aspecto organizacional dos acidentes. Segundo ele, ainda que sejam diversas as causas diretas desses acidentes, todos eles têm uma dimensão organizacional, ou seja, as suas causas profundas devem ser buscadas para além das falhas técnicas e humanas que ocasionaram o acidente.

Portanto, uma organização que está buscando o aprendizado contínuo, deve se enxergar como a principal responsável pelos acidentes, assim como pelas ações de prevenção. Não há razão de se gastar tempo procurando culpados e tentar puni-los.

Aliás, as organizações que já implantaram um sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho, devem ter compreendido que ele é um sistema construído com o objetivo da excelência. Para isso, ele requer a identificação e o tratamento das anomalias, e elas sempre estarão vinculadas a alguma falha desse sistema.

Na segunda parte deste artigo, vamos apresentar abordagens de outros autores sobre o tema da análise dos acidentes.


Atualização: Em 24 de agosto de 2019, foi publicada a segunda parte (final) deste artigo. Está no seguinte link:


Referências bibliográficas:

BIRD, JR, F.E. Safety. In The industrial environment – its evaluation and control. Chapter
47. Cincinnati, Ohio: National Institute of Occupational Health and Safety, 1973.

BIRD, JR, F. E.; GERMAIN, G. L.; CLARK, M. D. Practical loss control leadership. 3. ed.
Atlanta: Det Norske Veritas, 2003.

KLETZ, T. An engineer view of human error. 3 rd. ed. Rugby, Warwicchshire, UK: Institution of Chemical Engineers (IChemE), 2001.

VIDAL, M. A evolução conceitual da noção de acidente do trabalho: Consequências metodológicas sobre o diagnóstico de segurança. Cadernos DEP nº 13. Departamento de Engenharia de Produção da UFSCar. São Carlos (SP): Universidade Federal de São Carlos, 1989.


LLORY, M. Acidentes Industriais – O custo do silêncio. Rio de Janeiro: Multimais, 1999.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Prevenção de Acidentes com Eletricidade repercute na imprensa

O lançamento do Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica, editado pela Abracopel, e da pesquisa intitulada Raio X das Instalações Elétricas Brasileiras, publicada pelo Programa Casa Segura, foram divulgados aqui neste blog, no início do mês de maio.

Contendo fatos e dados apresentados de forma clara e objetiva, esses documentos são extremamente úteis, não só para os profissionais que atuam pela prevenção de acidentes, mas também para a imprensa,  que obtém por seu intermédio alguns insumos para informar de maneira prática e objetiva.


Voltei ao tema, pois fui convidado a representar a Abracopel em um debate promovido pelo Canal Futura, e percebi que o interesse do programa pelo tema da segurança em eletricidade e da prevenção dos acidentes, surgiu em função das informações contidas nesses documentos.


Os acidentes domésticos geram enorme interesse por parte da sociedade, assim como as medidas de prevenção. E por isso, é um assunto recorrente na imprensa. Ainda mais em programas de televisão, pois a abrangência de acidentes ocorridos dentro de casa é muito maior e portanto o assunto está mais próximo da realidade dos telespectadores. Soma-se a isso o fato de esses acidentes alcançarem números elevados, fazendo vítimas fatais, sejam eles causados por choque elétrico ou por incêndios.

Se você tem interesse neste assunto, conheça melhor a Abracopel, sua programação de eventos e seus materiais educativos e de informação técnica.

Convido você a assistir agora ao programa Conexão, onde tivemos a oportunidade de discutir o assunto de forma simples e objetiva, com uma linguagem menos técnica e mais voltada ao tipo de público atingido pela programação de um canal de televisão.


O programa Conexão está disponível na versão web do Canal Futura, chamado Futura Play. E também no YouTube, que você pode conferir logo a seguir:





Saiba como evitar acidentes com eletricidade - Programa Conexão - 13/06/2017

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Dia Mundial do Meio Ambiente 2017 - #EstouComANatureza


"Conectando pessoas à natureza". Este é o tema escolhido este ano para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente (05 de junho), e há eventos programados em todo o mundo para reforçar o slogan #EstouComANatureza ou #WithNature.


De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP / PNUMA), a ideia central é impulsionar os esforços para a conservação do meio ambiente, transformando ações individuais em uma força coletiva que tenha um verdadeiro e duradouro legado de impacto positivo para o planeta. Um convite para que as pessoas procurem estar rodeadas pela beleza da natureza e redescubram a importância de cuidar do meio ambiente.

É uma outra forma de chamar a cada um de nós para uma reflexão de que estamos em um mesmo planeta, em nossa Casa Comum, expressão tão forte e significativa utilizada pelo Papa Francisco em sua carta aos cristãos (Encíclica), publicada em 2015.

Portanto, este nosso blog, que é uma publicação em defesa da vida saudável e segura, dentro e fora do trabalho, reproduz essa reflexão e esse chamado pela reconexão com a natureza.


#EstouComANatureza
#WithNature

A escolha do dia 5 de junho ocorreu em 1972, ou seja, há mais de 40 anos. Naquela ocasião foi publicado um Manifesto Ambiental, também conhecido como Declaração de Estocolmo, pois foi naquela cidade que se realizou a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano. Essa conferência foi um marco e o manifesto serviu de base para inúmeros documentos editados desde aquela época.

Ao lado da comemoração deste dia, surge também uma preocupação adicional, ao se tomar conhecimento que os EUA decidiram sair do compromisso previamente firmado em 2015, por 195 países, no Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas. Em declaração oficial, o Secretário Geral da ONU considerou que essa decisão é uma grande decepção para os esforços globais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a segurança global.

Por sua vez, o o diretor-executivo da ONU Meio Ambiente, Erik Solheim, emitiu um comunicado sobre essa decisão, destacando que ela não interromperá os esforços pelo clima:
“A decisão dos EUA de deixar o Acordo de Paris de forma alguma coloca um fim a esses esforços. China, Índia, União Europeia e outros já estão demonstrando forte liderança. Cento e noventa países estão mostrando forte determinação de trabalhar com eles para proteger esta e as futuras gerações.”
“Uma única decisão política não irá nos deter nestes esforços inigualáveis. A ONU Meio Ambiente pede que todas as partes redobrem seus esforços. Nós trabalharemos com todos que quiserem fazer diferença.”
#EstouComANatureza
#WithNature

Deixo com você este vídeo de pouco mais de um minuto, para sua reflexão sobre o cuidado com a nossa Casa Comum:



Para saber mais sobre este Dia Mundial do Meio Ambiente, selecionei algumas referências, além de publicações anteriores deste nosso blog:

A ONU e o meio ambiente:

Dia Mundial do Meio Ambiente 2016:

Dia Mundial do Meio Ambiente 2015:

Encíclica Laudato Si - Sobre o Cuidado da Casa Comum:

UNEP United Nations Environment Programme:

World Environment Day - Global: