No vigésimo quinto aniversário de um primeiro Alerta à Humanidade, feito por cerca de 1.700 cientistas, foi analisada a resposta da humanidade, explorando dados da série temporal disponíveis.
As conclusões dessa análise foram desanimadoras. Desde 1992, com exceção da estabilização da camada de ozônio, a humanidade não conseguiu fazer progressos suficientes para a solução dos problemas ambientais previstos e, de forma alarmante, a maioria deles piorou. Especialmente preocupante é a trajetória atual das mudanças climáticas potencialmente catastróficas devido ao aumento de gases de efeito estufa da queima de combustíveis fósseis, desmatamento e produção agrícola.
Além disso, desencadeou-se um evento de extinção em massa, o sexto em cerca de 540 milhões de anos, em que muitas formas de vida atuais poderão ser destruídas ou, pelo menos, comprometidas com a extinção até o final deste século. A íntegra da carta, incluindo o acesso ao detalhamento dos dados analisados, aos gráficos e aos nomes de seus signatários, está disponível na Revista BioScience.
Confira a íntegra neste link:
Entre os anexos, há traduções para vários idiomas, incluindo português. Aliás, entre os mais de 15.000 cientistas signatários deste alerta estão cerca de 1.700 brasileiros.
Reproduzo abaixo, a versão oficial em português, com tradução de Luiz Marques, conforme consta no anexo S1 da publicação original.
Advertência dos Cientistas do Mundo à Humanidade: um Segundo Aviso
William J. Ripple, Christopher Wolf, Mauro Galetti, Thomas M. Newsome, Mohammed Alamgir, Eileen Crist, Mahmoud I. Mahmoud, William F. Laurance E mais de 15 mil signatários de 184 países.
Há vinte e cinco anos, a Union of Concerned Scientists e mais de 1500 cientistas independentes, incluindo a maioria dos então laureados com o Prêmio Nobel nas ciências, assinaram a Advertência dos Cientistas do Mundo à Humanidade de 1992 (veja-se Arquivo Suplementar S1). Esses profissionais alarmados apelavam à humanidade para que reduzisse a destruição ambiental e alertavam ser "necessária uma grande mudança em nossa gestão da Terra e da vida para se evitar uma vasta miséria humana". Em seu manifesto, mostravam que os humanos estavam em rota de colisão com o mundo natural. Expressavam preocupação com os danos presentes, iminentes ou potenciais infligidos ao planeta Terra, envolvendo depleção da camada de ozônio, disponibilidade de água doce, colapsos da pesca marinha, zonas mortas no oceano, perdas de floresta, destruição da biodiversidade, mudanças climáticas e crescimento contínuo da população humana. Proclamavam a urgente necessidade de mudanças fundamentais, de modo a evitar as consequências que nossa trajetória traria. Os autores da declaração de 1992 temiam o fato da humanidade estar impelindo os ecossistemas da Terra além de sua capacidade de suportar a teia da vida. Descreviam como estávamos rapidamente nos aproximando de muitos dos limites do que o planeta pode tolerar sem danos substanciais e irreversíveis. Os cientistas exortavam-nos a estabilizar a população humana, descrevendo como nossos grandes números – inchados em mais 2 bilhões de pessoas desde 1992, um aumento de 35% – exercem sobre a Terra estresses que podem anular outros esforços para realizar um futuro sustentável (Crist et al., 2017). Imploravam que reduzíssemos as emissões de gases de efeito estufa (GEE), eliminássemos os combustíveis fósseis, reduzíssemos o desmatamento e revertêssemos a tendência ao colapso da biodiversidade.
No 25º aniversário dessa Advertência, voltamos os olhos para trás e avaliamos a resposta humana, explorando os dados disponíveis em séries históricas. Desde 1992, com exceção da estabilização da camada de ozônio estratosférico, a humanidade fracassou em fazer progressos suficientes na resolução geral desses desafios ambientais anunciados, sendo que a maioria deles está piorando de forma alarmante (Figura 1, Arquivo Suplementar S1). Especialmente perturbadora é a trajetória atual das mudanças climáticas potencialmente catastróficas, devidas ao aumento dos gases de efeito estufa (GEE) emitidos pela queima de combustíveis fósseis (Hansen et al. 2013), desmatamento (Keenan et al., 2015) e produção agropecuária – particularmente do gado ruminante para consumo de carne (Ripple et al. 2014). Além disso, desencadeamos um evento de extinção em massa, o sexto em cerca de 540 milhões de anos, no âmbito do qual muitas formas de vida atuais podem ser aniquiladas ou, ao menos, condenadas à extinção até o final deste século. A humanidade está agora recebendo um segundo aviso, conforme ilustrado por essas tendências alarmantes (figura 1).
Estamos ameaçando nosso futuro ao não refrear nosso intenso consumo material, embora geográfica e demograficamente desigual, e ao não perceber o rápido e contínuo crescimento da população como motor primário de muitas ameaças ecológicas e mesmo sociais (Crist et al., 2017). Ao fracassar em limitar adequadamente o crescimento populacional, em reavaliar o papel de uma economia enraizada no crescimento, em reduzir os gases de efeito estufa, em incentivar as energias renováveis, em proteger os habitats, em restaurar os ecossistemas, em eliminar a defaunação, e em restringir as espécies exóticas invasoras, a humanidade não está tomando as medidas urgentemente necessárias à salvaguarda da nossa biosfera em perigo. Dado que a maioria dos líderes políticos é sensível à pressão, os cientistas, os formadores de opinião nas mídias e os cidadãos em geral devem insistir para que seus governos tomem medidas imediatas, como um imperativo moral em relação às gerações atuais e futuras da vida humana e de outras espécies. Com uma vaga de esforços organizados e popularmente embasados, é possível vencer oposições obstinadas e obrigar os líderes políticos a fazer o que é certo. Também é hora de reexaminar e mudar nossos comportamentos individuais, incluindo a limitação de nossa própria reprodução (idealmente, o nível de reposição no máximo) e diminuir drasticamente nosso consumo per capita de combustíveis fósseis, de carne e de outros recursos.
O rápido declínio global das substâncias que destroem o ozônio mostra que podemos fazer mudanças positivas quando agimos resolutamente. Também fizemos avanços na redução da pobreza extrema e da fome (www.worldbank.org). Outros progressos notáveis (que ainda não se apresentam nos conjuntos de dados globais na figura 1) incluem: o rápido declínio nas taxas de fecundidade em muitas regiões, atribuível aos investimentos na educação de meninas e mulheres (www.un.org/esa/population), o declínio promissor da taxa de desmatamento em algumas regiões e o rápido crescimento do setor de energia renovável. Aprendemos muito desde 1992, mas o avanço das mudanças urgentemente requeridas nas políticas ambientais, no comportamento humano e nas desigualdades globais ainda está longe de ser suficiente. Transições em direção à sustentabilidade ocorrem de diversas maneiras e todas requerem pressão da sociedade civil e argumentação baseada em evidências, liderança política e uma sólida compreensão de instrumentos políticos, dos mercados e de outros fatores.
Eis alguns exemplos de passos diversos e efetivos que a humanidade pode dar para uma transição em direção à sustentabilidade (não por ordem de importância ou urgência): priorizar a criação de reservas conectadas, bem financiadas e bem gerenciadas de modo a preservar uma proporção significativa dos habitats terrestres, marinhos, de água doce e aéreos do mundo; cessar a destruição das florestas, prados e outros habitats nativos, de modo a manter os serviços ecossistêmicos da natureza; restaurar comunidades nativas de plantas em larga escala, particularmente paisagens florestais; renaturalizar regiões com espécies nativas, especialmente predadores do ápice da pirâmide alimentar, para restaurar processos e dinâmicas ecológicas; desenvolver e adotar instrumentos políticos adequados para reparar a defaunação, a crise de caça ilegal e a exploração e o tráfico de espécies ameaçadas; reduzir o desperdício de alimentos através da educação e de uma melhor infra-estrutura; promover transições na dieta na direção, sobretudo, de uma alimentação à base de plantas; reduzir ainda mais as taxas de fecundidade, garantindo que as mulheres e os homens tenham acesso à educação e a serviços de planejamento familiar voluntário, especialmente onde tais serviços ainda não estão disponíveis; aumentar a educação natural e ao ar livre para crianças, bem como o engajamento geral da sociedade na apreciação da natureza; reorientar investimentos e compras no sentido de incentivar mudanças ambientais positivas; detectar e promover novas tecnologias ecológicas, com adoção massiva de fontes de energia renováveis, eliminando os subsídios à produção de energia através de combustíveis fósseis; revisar nossa economia para reduzir a desigualdade econômica e garantir que os preços, a tributação e os sistemas de incentivo levem em conta os custos reais impostos ao nosso meio ambiente por nossos padrões de consumo e estimar um tamanho de população humana cientificamente defensável e sustentável a longo prazo, reunindo nações e líderes para apoiar esse objetivo vital. Para evitar miséria generalizada e perda catastrófica de biodiversidade, a humanidade deve adotar práticas mais ambientalmente sustentáveis e alternativas em relação às práticas atuais. Esses preceitos foram bem formulados pela liderança científica mundial há 25 anos, mas, na maioria dos aspectos, não acatamos sua advertência. Logo será tarde demais para mudar o curso de nossa trajetória de fracasso e o tempo está se esgotando. Devemos reconhecer, em nossa vida cotidiana e em nossas instituições de governo, que a Terra, com toda a sua vida, é nosso único lar.
No 25º aniversário dessa Advertência, voltamos os olhos para trás e avaliamos a resposta humana, explorando os dados disponíveis em séries históricas. Desde 1992, com exceção da estabilização da camada de ozônio estratosférico, a humanidade fracassou em fazer progressos suficientes na resolução geral desses desafios ambientais anunciados, sendo que a maioria deles está piorando de forma alarmante (Figura 1, Arquivo Suplementar S1). Especialmente perturbadora é a trajetória atual das mudanças climáticas potencialmente catastróficas, devidas ao aumento dos gases de efeito estufa (GEE) emitidos pela queima de combustíveis fósseis (Hansen et al. 2013), desmatamento (Keenan et al., 2015) e produção agropecuária – particularmente do gado ruminante para consumo de carne (Ripple et al. 2014). Além disso, desencadeamos um evento de extinção em massa, o sexto em cerca de 540 milhões de anos, no âmbito do qual muitas formas de vida atuais podem ser aniquiladas ou, ao menos, condenadas à extinção até o final deste século. A humanidade está agora recebendo um segundo aviso, conforme ilustrado por essas tendências alarmantes (figura 1).
Figura 1 |
Estamos ameaçando nosso futuro ao não refrear nosso intenso consumo material, embora geográfica e demograficamente desigual, e ao não perceber o rápido e contínuo crescimento da população como motor primário de muitas ameaças ecológicas e mesmo sociais (Crist et al., 2017). Ao fracassar em limitar adequadamente o crescimento populacional, em reavaliar o papel de uma economia enraizada no crescimento, em reduzir os gases de efeito estufa, em incentivar as energias renováveis, em proteger os habitats, em restaurar os ecossistemas, em eliminar a defaunação, e em restringir as espécies exóticas invasoras, a humanidade não está tomando as medidas urgentemente necessárias à salvaguarda da nossa biosfera em perigo. Dado que a maioria dos líderes políticos é sensível à pressão, os cientistas, os formadores de opinião nas mídias e os cidadãos em geral devem insistir para que seus governos tomem medidas imediatas, como um imperativo moral em relação às gerações atuais e futuras da vida humana e de outras espécies. Com uma vaga de esforços organizados e popularmente embasados, é possível vencer oposições obstinadas e obrigar os líderes políticos a fazer o que é certo. Também é hora de reexaminar e mudar nossos comportamentos individuais, incluindo a limitação de nossa própria reprodução (idealmente, o nível de reposição no máximo) e diminuir drasticamente nosso consumo per capita de combustíveis fósseis, de carne e de outros recursos.
O rápido declínio global das substâncias que destroem o ozônio mostra que podemos fazer mudanças positivas quando agimos resolutamente. Também fizemos avanços na redução da pobreza extrema e da fome (www.worldbank.org). Outros progressos notáveis (que ainda não se apresentam nos conjuntos de dados globais na figura 1) incluem: o rápido declínio nas taxas de fecundidade em muitas regiões, atribuível aos investimentos na educação de meninas e mulheres (www.un.org/esa/population), o declínio promissor da taxa de desmatamento em algumas regiões e o rápido crescimento do setor de energia renovável. Aprendemos muito desde 1992, mas o avanço das mudanças urgentemente requeridas nas políticas ambientais, no comportamento humano e nas desigualdades globais ainda está longe de ser suficiente. Transições em direção à sustentabilidade ocorrem de diversas maneiras e todas requerem pressão da sociedade civil e argumentação baseada em evidências, liderança política e uma sólida compreensão de instrumentos políticos, dos mercados e de outros fatores.
Eis alguns exemplos de passos diversos e efetivos que a humanidade pode dar para uma transição em direção à sustentabilidade (não por ordem de importância ou urgência): priorizar a criação de reservas conectadas, bem financiadas e bem gerenciadas de modo a preservar uma proporção significativa dos habitats terrestres, marinhos, de água doce e aéreos do mundo; cessar a destruição das florestas, prados e outros habitats nativos, de modo a manter os serviços ecossistêmicos da natureza; restaurar comunidades nativas de plantas em larga escala, particularmente paisagens florestais; renaturalizar regiões com espécies nativas, especialmente predadores do ápice da pirâmide alimentar, para restaurar processos e dinâmicas ecológicas; desenvolver e adotar instrumentos políticos adequados para reparar a defaunação, a crise de caça ilegal e a exploração e o tráfico de espécies ameaçadas; reduzir o desperdício de alimentos através da educação e de uma melhor infra-estrutura; promover transições na dieta na direção, sobretudo, de uma alimentação à base de plantas; reduzir ainda mais as taxas de fecundidade, garantindo que as mulheres e os homens tenham acesso à educação e a serviços de planejamento familiar voluntário, especialmente onde tais serviços ainda não estão disponíveis; aumentar a educação natural e ao ar livre para crianças, bem como o engajamento geral da sociedade na apreciação da natureza; reorientar investimentos e compras no sentido de incentivar mudanças ambientais positivas; detectar e promover novas tecnologias ecológicas, com adoção massiva de fontes de energia renováveis, eliminando os subsídios à produção de energia através de combustíveis fósseis; revisar nossa economia para reduzir a desigualdade econômica e garantir que os preços, a tributação e os sistemas de incentivo levem em conta os custos reais impostos ao nosso meio ambiente por nossos padrões de consumo e estimar um tamanho de população humana cientificamente defensável e sustentável a longo prazo, reunindo nações e líderes para apoiar esse objetivo vital. Para evitar miséria generalizada e perda catastrófica de biodiversidade, a humanidade deve adotar práticas mais ambientalmente sustentáveis e alternativas em relação às práticas atuais. Esses preceitos foram bem formulados pela liderança científica mundial há 25 anos, mas, na maioria dos aspectos, não acatamos sua advertência. Logo será tarde demais para mudar o curso de nossa trajetória de fracasso e o tempo está se esgotando. Devemos reconhecer, em nossa vida cotidiana e em nossas instituições de governo, que a Terra, com toda a sua vida, é nosso único lar.
Versões em espanhol e em francês desse artigo podem ser encontradas no Arquivo Suplementar S1.
Agradecimentos
Peter Frumhoff e Doug Boucher, da Union of Concerned Scientists, assim como as seguintes pessoas, forneceram discussões produtivas, comentários ou dados para este artigo: Stuart Pimm, David Johns, David Pengelley, Guillaume Chapron, Steve Montzka, Robert Diaz, Drik Zeller, Gary Gibson, Leslie Green, Nick Houtman, Peter Stoel, Karen Josephson, Robin Comforto, Terralyn Vandetta, Luke Painter, Rodolfo Dirzo, Guy Peer, Peter Haswell e Robert Johnson.
Referências citadas
Crist E, Mora C, Engelman R. 2017. The interaction of human population, food production, and biodiversity protection. Science 356: 260–264.
Crist E, Mora C, Engelman R. 2017. The interaction of human population, food production, and biodiversity protection. Science 356: 260–264.
Hansen J, et al. 2013. Assessing “dangerous climate change”: Required reduction of carbon emissions to protect young people, future generations and nature. PLOS ONE 8: e81648.
Keenan, RJ, Reams GA, Achard F, de Freitas JV, Grainger A, Lindquist E. 2015. Dynamics of global forest area: results from the FAO Global Forest Resources Assessment 2015. Forest Ecology and Management, 352: 9–20.
Ripple WJ, Smith P, Haberl H, Montzka SA, McAlpine C, Boucher DH. 2014. Ruminants, climate change and climate policy. Nature Climate Change 4: 2–5. doi:10.1038/nclimate2081
Keenan, RJ, Reams GA, Achard F, de Freitas JV, Grainger A, Lindquist E. 2015. Dynamics of global forest area: results from the FAO Global Forest Resources Assessment 2015. Forest Ecology and Management, 352: 9–20.
Ripple WJ, Smith P, Haberl H, Montzka SA, McAlpine C, Boucher DH. 2014. Ruminants, climate change and climate policy. Nature Climate Change 4: 2–5. doi:10.1038/nclimate2081
William J. Ripple (bill.ripple@oregonstate.edu), Christopher Wolf e Thomas M. Newsome são vinculados ao Global Trophic Cascades Program, no Department of Forest Ecosystems and Society, da Oregon State University, em Corvallis. TMN também é vinculado ao Centre for Integrative Ecology, na School of Life and Environmental Sciences, da Deakin University, em Geelong, Austrália. Mauro Galetti é vinculado ao Instituto de Biociências, da Universidade Estadual Paulista, Departamento de Ecologia, em São Paulo, Brasil. Mohammed Alamgiris é vinculado ao Institute of Forestry and Environmental Sciences, da University of Chittagong, em Bangladesh. Eileen Crist é vinculado ao Department of Science and Technology in Society, da Virginia Tech, em Blacksburg. Mahmoud I. Mahmoud é vinculado ao ICT/Geographic Information Systems Unit of the National Oil Spill Detection and Response Agency (NOSDRA), em Abuja, Nigéria. William F. Laurance é vinculado ao Centre for Tropical Environmental and Sustainability Science and the College of Science and Engineering, da James Cook University, em Cairns, Queensland, Austrália
Para citação:
William J. Ripple, Christopher Wolf, Thomas M. Newsome, Mauro Galetti, Mohammed Alamgir, Eileen Crist, Mahmoud I. Mahmoud, William F. Laurance, ; World Scientists’ Warning to Humanity: A Second Notice, BioScience, bix125, https://doi.org/10.1093/biosci/bix125
AWS é uma nova aliança internacional de cientistas, independente de organizações governamentais e não governamentais e corporações. Nós afirmamos que, para evitar a miséria generalizada causada por danos catastróficos à biosfera, a humanidade deve praticar uma alternativa mais sustentável do ponto de vista ambiental ao negócio como de costume. Nossa importância vital e seu papel vem da responsabilidade exclusiva dos cientistas como administradores do conhecimento humano e dos defensores da tomada de decisões baseadas em evidências. O objetivo principal do AWS é ser uma voz internacional coletiva de muitos cientistas em relação às tendências climáticas e ambientais globais e como transformar o conhecimento acumulado em ação. Outras organizações fazem um trabalho louvável em direção a esse objetivo, mas, ao nosso conhecimento, a AWS é a única organização independente de base composta por cientistas de todo o mundo comprometidos com o bem-estar da humanidade e do planeta. Confira em http://scientistswarning.forestry.oregonstate.edu/