terça-feira, 29 de março de 2016

Secretaria Municipal de Educação do Rio recebe homenagem de prevencionistas

A participação da rede municipal carioca no Dia Nacional de Segurança e Saúde nas Escolas foi reconhecida por profissionais e instituições que atuam pela prevenção de acidentes e promoção da saúde.

Em um evento realizado em fevereiro deste ano, no gabinete da Secretária Municipal de Educação do Rio de Janeiro, professora Helena Bomeny, estiveram presentes o técnico de segurança do trabalho Orlandino dos Santos, o auditor fiscal do trabalho Luiz Carlos Lumbreras Rocha, a presidente da Fundacentro, professora Maria Amélia Reis, além de vários representantes de empresas, instituições e movimentos sociais que atuam na área.

O objetivo do encontro foi reconhecer a atuação da secretaria na promoção de atividades voltadas à celebração do Dia Nacional de Segurança e Saúde nas Escolas. Na mesma oportunidade, também foi apresentada à professora Helena Bomeny, a ideia da CIPA Escolar, que deverá se transformar, em breve, em um projeto a ser analisado pelo corpo técnico daquela secretaria.

Helena Bomeny (centro) recebe a homenagem das mãos de Orlandino dos Santos e Maria Amélia Reis


O reconhecimento se materializou em uma placa comemorativa, entregue à professora Helena Bomeny.

O evento, do qual eu tive a honra de participar, demonstrou, uma vez mais, os esforços que vem sendo feitos pelo técnico de segurança Orlandino dos Santos, para que a data, que ele ajudou a incluir no calendário nacional, não fique apenas no papel, mas que seja dinâmica, integrando a realidade das escolas, fomentando a cultura da segurança. Outro destaque foi a participação da Fundacentro, por meio de sua presidente. A professora Maria Amélia Reis, com grande experiência na área de educação, destacou que a incorporação do tema no currículo das escolas é uma das metas do Plano Nacional de Segurança e Saúde do Trabalho e que iniciativas de apoio como a demonstrada pelo município do Rio são fundamentais para que os objetivos sejam alcançados no longo prazo, ou seja, reduzir acidentes e doenças do trabalho. A Fundacentro coordena o projeto SST na educação da escola básica.


A professora Helena Bomeny recebendo os convidados em sua sala

Orlandino explicou que a ideia de criação de CIPAs nas escolas tem por objetivo estimular as crianças e os pais a pensar e atuar na segurança e na prevenção de acidentes. Isso passa pela segurança no trânsito, prevenção de acidentes domésticos, proteção contra incêndios, cuidados com alimentos, higiene, enfim, por temas que são uma realidade para elas e seus pais, na escola, em casa, no trabalho e na rua.

Relembrando
A Lei 12.645/2012, instituiu o dia 10 de outubro como o Dia Nacional de Segurança e Saúde nas Escolas, a partir de um trabalho iniciado pelo técnico de segurança Orlandino dos Santos.

terça-feira, 22 de março de 2016

Água e Emprego: Este é o tema do Dia Mundial da Água em 2016

Neste dia 22 de março, foi divulgado, em todo o mundo, o Relatório das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos. Este ano, o tema sugere uma relação que nem sempre é percebida, ou seja, a oferta de água e o desenvolvimento da economia mundial, traduzido pela expressão "Água e Emprego" (Water and Jobs). Para explicar essa relação, reproduzo aqui os dois parágrafos iniciais do resumo executivo do relatório da ONU:

"A água é um componente essencial das economias nacionais e locais, e é necessária para criar e manter empregos em todos os setores da economia. Metade da força de trabalho mundial está empregada em oito setores dependentes de recursos hídricos e naturais: agricultura, silvicultura, pesca, energia, manufatura com uso intensivo de recursos, reciclagem, construção e transporte.

A gestão sustentável dos recursos hídricos, a infraestrutura hídrica, e o acesso ao abastecimento seguro, confiável e regular de água, bem como serviços adequados de saneamento, melhoram os padrões de vida, expandem as economias locais e levam à criação de empregos mais dignos e à maior inclusão social. A gestão sustentável dos recursos hídricos também é uma força motriz essencial para o crescimento verde e o desenvolvimento sustentável." (UN World Water Development Report 2016)


No Brasil, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Agência Nacional de Águas (ANA) lançaram a versão em português do relatório do Conselho de Assessoramento ao Secretário-Geral da ONU para Assuntos de Água e Saneamento. A publicação contém orientações para a implementação da Agenda 2030, em especial no que se refere aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável direta ou indiretamente relacionados à água e ao saneamento. O relatório serve como um instrumento de planejamento para a gestão de recursos hídricos e saneamento no Brasil nos próximos anos.



Celebrado mundialmente desde 22 de março de 1993, o Dia Mundial da Água foi recomendado pela ONU durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92). Desde então as celebrações ao redor do mundo acontecem a partir de um tema anual, definido pela própria Organização, com o intuito de abordar os problemas relacionados aos recursos hídricos. Em 2003, o Brasil instituiu seu Dia Nacional da Água, também celebrado anualmente em 22 de março.

Referências:

terça-feira, 8 de março de 2016

Dia Internacional das Mulheres

Neste dia 8 de março, comemora-se em todo o mundo o Dia Internacional das Mulheres. A data tem uma história forte, de muita luta. Bem longe de flores e bombons, embora esses continuem sendo presentes bonitos e agradáveis para mulheres e homens.

Ao contrário do que se pensa, não há um evento específico que tenha gerado a ideia da escolha do dia 8 de março. Ao longo dos anos, o movimento de mulheres trabalhadoras, reivindicando melhores condições de trabalho, como a redução na carga diária de 16 para 10 horas, equiparação de salários com os homens e tratamento digno no ambiente de trabalho, veio ganhando força. Em 1910, durante a II Conferência de Mulheres Socialistas, realizada em Copenhague, com a presença de delegadas de 17 países, foram aprovadas as propostas da socialista Clara Zetkin de conclamação às mulheres a lutarem pela paz e de se celebrar um dia internacional das mulheres, que deveria ocorrer todos os anos.

As condições de trabalho, no entanto, eram péssimas. Nos EUA, por exemplo, os proprietários das indústrias continuavam forçando o cumprimento de jornadas massacrantes. Para evitar que seus empregados saíssem mais cedo, boa parte deles trancava as portas durante o expediente e cobria os relógios de parede. Foi em uma dessas indústrias, em março de 1911, que ocorreu o mais famoso evento trágico vinculado a mulheres trabalhadoras: "Um incêndio teve início na Triangle Shirtwaist Company, em Nova York. Localizada nos três últimos andares de um prédio, a fábrica tinha chão e divisórias de madeira e muitos retalhos espalhados, formando um ambiente propício para que as chamas se espalhassem. A maioria dos cerca de 600 trabalhadores conseguiu escapar, descendo pelas escadas ou pelo elevador. Outros 146, porém, morreram. Entre eles, 125 mulheres, que foram queimadas vivas ou se jogaram das janelas" (Maíra Mano, História Viva).

Era perto do fim do expediente da tarde de sábado, 25 de março de 1911, quando uma nuvem de fumaça se espalhou pelos três andares superiores do Asch Building, em Nova York. Ouviu-se o som de estilhaço de vidro seguido de um forte estampido. As trabalhadoras da Triangle Shirtwaist Company, que ocupava o espaço, acreditavam que fossem fardos de tecido ou pedaços da fachada que se desprendiam do prédio consumido pelo fogo. Logo perceberam o horror absoluto: aquele estranho estampido vinha dos corpos de mulheres e meninas que se jogavam das janelas tentando escapar das chamas. Bombeiros tentavam inutilmente amparar a queda com redes de proteção que se rompiam pelo peso dos corpos. A fumaça e os gritos se alastravam por quarteirões, bombeiros desorientados direcionavam as mangueiras para os últimos andares do prédio tomado pelas chamas, mas a água só tinha pressão para atingir o sétimo andar do Asch Building. Em apenas 18 minutos, o incêndio transformou o oitavo, o nono e o décimo andar em escombros. Dentro do prédio, trabalhadoras se espremiam contra duas saídas de emergência – uma delas estava trancada. (Daniela Lima, no blog da editora Boi Tempo, 2016)

O texto acima, extraído do artigo de Daniela Lima, ilustra de forma explícita, que foi com muita dor, o parto desta data de luta das mulheres.





Em consequência do incêndio, foi criada a Comissão de Investigação das Fábricas, que passou a avaliar o risco em inúmeros estabelecimentos. Os dados apurados pela Comissão levaram à promulgação de leis em Nova York que regulavam normas de segurança, salário mínimo, assistência aos operários desempregados e assistência aos velhos demais para trabalhar. Ou seja, o martírio dessas mulheres originou melhorias para todos os trabalhadores.

Embora esse incêndio seja emblemático, antes dele já havia registros de celebração de uma data especial, relacionado ao movimento das mulheres operárias norte-americanas, que comemoravam em diversos Estados o Woman’s Day,desde 1908. E o primeiro registro de uma comemoração de um Dia Internacional das Mulheres foi em fevereiro de 1909, nos EUA, por iniciativa do Partido Socialista, e em protesto pelas más condições de trabalho das trabalhadoras da indústria têxtil.

Passados alguns anos de celebrações e de esquecimentos, a Organização das Nações Unidas, em sua Assembleia Geral, aprovou, na década de 70 a escolha de uma data para celebrar este dia da luta das mulheres.

Neste ano, de 2016, a pauta principal desta data é a igualdade de gênero e a necessidade de um compromisso global nesse sentido. Que cada um de nós saiba fazer a sua parte.

Selecionei e relacionei logo abaixo, algumas referências para você consultar informações sobre esta data.

Fontes de referência sugeridas:
http://blogdaboitempo.com.br/2016/03/07/as-que-vieram-antes-de-nos-historias-do-dia-internacional-das-mulheres/
http://www.onumulheres.org.br/
http://www.unwomen.org/
http://www.internationalwomensday.com/
http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/conquistas_na_luta_e_no_luto_imprimir.html