Neste sábado, dia 27 de março de 2010, completou-se um ano das assustadoras explosões na fábrica de produtos químicos Di-All, na cidade de Diadema, em São Paulo. Embora não tenha havido registros de mortes, houve cerca de dez explosões nos galpões da empresa, levando as chamas até as construções vizinhas e pânico aos moradores. Diversas casas foram atingidas e cerca de 18 pessoas da comunidade tiveram que ser atendidas com ferimentos ou com intoxicação por inalação de fumaça. Vejam a foto (de Odival Reis, Diário de São Paulo) e entendam a razão do pânico gerado nas imediações do local do acidente.
Lembrei de tratar desse assunto pois vi uma notícia com informações interessantes sobre esse caso, vejamos: o inquérito policial ainda não foi concluído, pois até hoje o laudo do Instituto de Criminalística de SP não foi apresentado. A empresa já foi notificada pela CETESB (Companhia Ambiental de São Paulo) para comprovar que não houve contaminação do solo e da água subterrânea, mas tem prazo até 22 de maio.
Mesmo assim, esse acidente foi citado na Conferência Latino-Americana e Caribenha sobre Segurança Química, que terminou no sábado passado (13/03), na Jamaica. O incêndio, seguido de fortes explosões em uma área residencial foi colocado como exemplo do desafio que representam as pequenas e médias empresas para as autoridades públicas, em relação aos produtos químicos perigosos. De acordo com especialistas das Agências das Nações Unidas presentes à Conferência, a falta de acesso a novas tecnologias (como processos de produção mais seguros) e a falta de conhecimento especializado representam as principais dificuldades das pequenas e médias empresas em relação à gestão do risco químicos.
É preciso uma atenção especial a esses acidentes ampliados, principalmente por causa da proximidade das indústrias químicas de pequeno e médio porte, das áreas residenciais. Vale lembrar que o Brasil integra o grupo de países que assumiu compromisso formal de tratar desse assunto como uma ação de Estado, ao ratificar a Convenção nº 174, da OIT, sobre acidentes ampliados.
Além de tudo, precisamos mais agilidade na investigação, análise e divulgação das medidas de controle que devem ser adotadas para prevenir ocorrências semelhantes.
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